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Introdução

Durante o lockdown da pandemia, os níveis de sedentarismo aumentaram consideravelmente. Um cliente do setor da saúde identificou essa dor e desejava criar um aplicativo capaz de incentivar a prática de atividades físicas por meio de estímulos externos, como recompensas. O desafio era validar a relevância da proposta, entender o público ideal e desenvolver um MVP viável para testar o conceito no mercado.

Minhas contribuições

  • Conduzi pesquisa de mercado e entrevistas com usuários;

  • Facilitei workshops de ideação com o cliente;

  • Defini, junto ao time, o escopo e as funcionalidades do MVP;

  • Desenvolvi a identidade visual do produto;

  • Criei arquitetura da informação e wireframes navegáveis e

  • Elaborei o layout final e o style guide.

Entendendo o cliente

Com uma longa trajetória no setor da saúde e passagens por diversas indústrias farmacêuticas, o cliente desenvolveu uma ideia de produto com um propósito claro: incentivar pessoas sedentárias a praticarem mais atividades físicas por meio de estímulos externos.

No entanto, o produto ainda estava em fase de descoberta. Para transformar essa ideia em uma solução viável, era essencial compreender a fundo tanto o cliente quanto o público que ele desejava alcançar. O processo envolveu mapear suas necessidades, identificar a dor que ele queria solucionar e entender para quem essa dor era realmente relevante. Diante desse cenário, realizamos uma kick-off para alinharmos todos os pontos do projeto e tirarmos o máximo de dúvidas possíveis, para então começarmos a pesquisa.

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Metodologias e Processos

1. Imersão e pesquisa
Iniciamos com uma rodada de desk research e análise de benchmarks (6 apps similares ao do cliente), mapeando dados relevantes, como:

  • Caminhada e corrida ao ar livre foram as práticas mais comuns durante o lockdown.

  • Aplicativos com foco em recompensas e missões apresentaram alto engajamento, mas muitas iniciativas brasileiras fracassaram por falta de sustentabilidade financeira.

 

2. Workshops com o cliente
Facilitamos dois workshops de design thinking para alinhar expectativas e mitigar vieses, bem como pesquisar caminhos para tornar o produto lucrativo. A ideia inicial foi refinada a partir de dados reais, tornando o problema mais tangível e centrado no público-alvo investigado.

 

3. Pesquisa com usuários
Testamos um protótipo em duas rodadas com usuários de perfis variados. Descobrimos que pessoas completamente sedentárias viam valor na proposta, mas tinham baixa propensão ao uso contínuo ao analisarmos seus hábitos atuais. Assim, redirecionamos o foco para indivíduos com rotinas minimamente ativas (como quem caminha para o trabalho), mais propensos ao engajamento e à retenção.

Insights relevantes:

  • O público com maior potencial de engajamento já praticava pequenas atividades no dia a dia.

  • Caminhada foi a prática mais acessível e frequente entre os entrevistados.

  • Benefícios e recompensas tangíveis foram gatilhos eficazes para estimular o uso contínuo.

  • A proposta precisava ser simples, direta e sem exigir investimento inicial do usuário.

#tapago users.png

Solução desenvolvida (MVP)

Captando os indícios de que o produto entregava valor, antes de partirmos para um investimento mais arriscado, decidimos criar um MVP para testes.
 

A primeira versão do produto priorizou funcionalidades com alto valor percebido, sendo elas:

  • Contador de passos com sistema de pontos;

  • Missões diárias e resgate de recompensas;

  • Histórico de desempenho e prêmios e

  • Gerenciamento de conta.

Escopo & Wireframes

Em seguida, desenvolvi os wireframes em conjunto com o escopo. Neste projeto, assim como na empresa onde trabalho, o escopo é construído de forma colaborativa entre designers e product owners. Essa abordagem nos permite garantir clareza nas regras de funcionalidades, levando em consideração tanto a tecnologia quanto a melhor experiência para o usuário.

Ademais, como estávamos trabalhando com um cliente novo na área de desenvolvimento de produtos, utilizamos alguns componentes reais e cores estratégicas para que ele entendesse a proposta dos wireframes. É sempre importante adaptar o material para o contexto do cliente, de modo a fazê-lo compreender nossas decisões.

Escopo c_ Wireframe - Wireframes (1).jpg

Identidade visual 

Como este foi o primeiro produto do cliente, desenvolvi sua identidade visual do zero. Busquei unir saúde e tecnologia, estes que são dois elementos cruciais na proposta do produto. Nesse contexto, os principais elementos da identidade são:

  • Azul vibrante (confiança + bem-estar);

  • Preto (força + desempenho) e

  • Fonte IBM Plex Sans (modernidade + legibilidade).


Essa estética equilibrou os universos da saúde e da tecnologia, refletindo a proposta de mudança de hábitos com leveza e motivação.

tapago identidade visual.png

Layout final

Finalmente, após seguir todos os passos anteriores e realizar algumas sessões adicionais de feedback com o cliente da #tapago, chegamos ao layout final, que foi devidamente alinhado e encaminhado para os desenvolvedores (famoso handoff).

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Layout tapago 2.png
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Impacto do produto

Embora não implementado em escala, o MVP validou a relevância da proposta com o público-alvo. Projeções com base nos testes apontaram:

  • Maior retenção entre usuários com rotinas minimamente ativas;

  • Alta clareza na proposta de valor e

  • Base sólida para rodadas futuras de investimento e desenvolvimento.

Aprendizados e reflexões

Com este produto, obtiver muitos aprendizados que tem me ajudado profissionalmente, como:

  • Pesquisa como ponto de partida: dados qualitativos e quantitativos foram cruciais para guiar decisões estratégicas.

  • Alinhamento com stakeholders: mitigar vieses desde o início aumentou a eficiência do projeto.

  • Flexibilidade é chave: ajustar o público-alvo com base em dados reais e seguir por comportamentos em vez de sentimentos fortaleceu o posicionamento da solução.

  • Comunicação visual adaptada: apresentar wireframes com cores e componentes reais facilitou o entendimento do cliente, que não tinha background em produtos digitais.

#TáPago - Research - Clusterização da pesquisa de imersão (2).jpg

Ferramentas utilizadas

  • Figma (UI, protótipos, wireframes)

  • Miro (workshops, insights e fluxos)

  • Typeform (recrutamento de usuários)

  • Google Meets (testes de usabilidade)

  • Notion (documentação, roteiros e entrevistas)

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Em um clique!

Se você quiser conversar sobre uma oportunidade ou sobre design, fique à vontade para entrar em contato.

© 2025 Ysabella Andrade

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